Porém, diversas composições não têm respaldo de eficácia, além de serem altamente nocivas à saúde.
Por outro lado, há quem encontre frascos em preços abusivos ou até mesmo adulterados. Diante disso, antes de comprar ou testar recursos milagrosos, é necessário checar para evitar problemas futuros.
De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), é proibida a venda de álcool líquido em concentrações superiores à 54ºGL (Gay-Lussac). Em caso de volume maior a 54ºGL, poderá ser comercializado, apenas como gel.
Embora haja uma expectativa de quanto mais concentrado o álcool seja, maior será a eficiência contra vírus e bactérias, isto é negado pelo Conselho Federal de Química (CFQ). Entenda os perigos da produção caseira e como garantir o uso correto.
Formulações com ervas, desinfetantes e altas concentrações de álcool etílico podem causar irritações à pele e mucosas, e queimaduras graves. Além disso, o manuseio e o armazenamento incorreto podem ocasionar incêndios.
A utilização de produtos à base de gel, como por exemplo, gel de cabelo ou produtos de limpeza específicos não devem ser utilizados para base de receitas. Sobretudo, porque não há um controle dos processos da fórmula e da qualidade do composto.
O uso inadequado de álcool etílico, pode ainda gerar efeitos reversos. Soluções maiores que as recomendas e espessantes incorretos, em vez de eliminar os microrganismos podem levar a uma proliferação.
O CFQ em nota oficial informou que a recomendação do álcool 7109% está fundamentada na eficácia. Pois em concentrações maiores, a solução evapora em maior velocidade, consequentemente, gerando menor tempo de contato entre o patógeno e a solução.
Contudo, a mistura clássica de água e sabão é capaz destruir micróbios, por conta de propriedades químicas presentes. Outras opções são as soluções de água potável com água sanitária (2% e 2,5%) recomendadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e Ministério da saúde.
Todavia, essa opção tem seu uso destinado para limpeza de locais e lavagem de máscaras. O álcool isopropílico é considerado também uma alternativa, no entanto, seu uso deve ser feito com cautela. Pois, seu nível tóxico é muito maior que o etílico e ainda causa ressecamento na pele.
Acima de tudo, manter a segurança no uso é essencial, mas a aquisição de um produto químico sempre requer checagem dos órgãos reguladores. Com isso, ao comprar um álcool em gel ou não, assegure-se do registro.
O rótulo deve conter o número de registro ou os dados técnicos do profissional responsável. É importante verificar se há o selo do Inmetro e a marca do Sistema Brasileiro de Avaliação e Conformidade (Sbac).
Outra forma de prevenção é a compra em estabelecimentos confiáveis. Sempre verifique o aspecto da solução, se estiver com coloração de aparência estranha, desconfie.
Embora seja difícil a diferenciação de um produto falsificado do original, é possível reduzir as chances de comprar produtos danosos à saúde.
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