Além das consequências óbvias da falta de água, podemos vislumbrar um pouco mais além. A maior parte da energia do país advém das hidrelétricas, sendo assim, essa crise está diretamente ligada a um colapso energético. E, seguindo a lógica, os problemas se estenderiam para a agricultura, pecuária e indústria, como um efeito dominó.
Existem diversos fatores que levam à implementação de um racionamento de água. Além dos problemas ambientais, como poluição, desmatamento e descaso na proteção das nascentes, a má administração pública tem uma grande responsabilidade na crise da água.
Pouco investimento, falta de gerenciamento dos recursos hídricos, altos índices de desperdício por parte da população, e técnicas muito ultrapassadas no setor de agricultura e pecuária contribuem muito para o agravamento da situação.
Em outras ocasiões, o racionamento no Brasil foi realizado em ciclos de 24 horas. No ano de 2015, chegou a ser especulado um rodízio de 5 dias sem, 2 dias com água. Em nossas casas, passar apenas um dia sem água já nos causa um transtorno imenso, exige a reorganização da rotina, planejamento etc.
Mas e em nossas empresas? Independentemente do tamanho, da quantidade de funcionários, ou do ramo de atividade, o racionamento pode acarretar muitos prejuízos, desde queda na produção, até mesmo a completa paralisação das atividades, o que aconteceu com diversos negócios na crise hídrica de 2014.
Após algumas situações preocupantes nos últimos anos, as empresas começam a implementar iniciativas para se adequar a essa nova realidade, além de preparar seu negócio para adversidades. Algumas ações bem simples podem te ajudar a dar um pontapé inicial nesse processo de adequação:
1. Primordialmente, é preciso conhecer o perfil de consumo da empresa. Você pode identificar os setores que mais necessitam de água e onde ocorre o maior desperdício. Existem empresas especializadas que executam essa análise, além de localizar vazamentos.
2. Após feita a análise, é hora de reparar e modernizar. Identificados os pontos de necessidade, é um bom momento para trocar equipamentos obsoletos e realizar as manutenções necessárias.
3. Foco no trabalho em equipe. É vital engajar a equipe a fim de haver coerência nesse momento, para que a conscientização seja de todos.
4. Ainda no ritmo do trabalho em equipe, é preciso que se estabeleça um ponto aonde chegar. Seja ele reduzir o consumo em 2171%, por exemplo, ou adaptar todos os banheiros para trabalharem com água de reuso. Metas motivam e incentivam.
Concluindo, com esses passos simples, toda empresa pode começar o processo de adequação e se preparar para um futuro que parece tão nebuloso. Seguindo nesse ritmo, implementar cada vez mais novas tecnologias que beneficiem o negócio e o meio ambiente ao mesmo tempo, pois se faz cada vez mais necessário pensarmos como coletivo.