Manter os locais de trabalho limpos é importante para a qualidade do produto e para a saúde dos trabalhadores, mas tratar da água utilizada para fazer esse “serviço sujo” é tão importante quanto.
O tratamento de efluentes é feito após o uso do líquido, ou seja, ele já estará carregado com impurezas e resíduos sólidos inorgânicos. Esse processo passa por uma série de etapas que iniciam a degradação desses materiais indesejados e nocivos, como a aeração, por exemplo.
Após essa etapa, os “bioflocos” são encaminhados a um equalizador e depois para um tratamento, que por sua vez cuidará da química existente em sua composição. É nesse estágio que o pH do líquido é acertado.
Agora chegou o momento de executar a decantação, que é o processo que separa misturas heterogêneas, como sólido de líquido, líquido de líquido e líquido de gás. Ao fim dela, a água já estará apta para ser encaminhada para um reservatório, onde verá seu próximo destino a partir de lá.
Mas afinal, o que acontece ao ambiente se nada disso for feito? Pode apostar que as consequências não serão nada agradáveis. Não tratar a água usada no processo de limpeza vai implicar na poluição de rios e correntes hídricas naturais, tornando a mesma imprópria para ser consumida, podendo dar muitas dores de cabeça para algum desavisado que for ingeri-la.
No estado de São Paulo existe um grande exemplo disso, o rio Tietê, que possui mais de 135 quilômetros de poluição, sendo considerado um rio morto atualmente.
Portanto, o descarte irregular dessa água carregada de impurezas afeta o solo, o meio ambiente e a própria água, matando tudo o que estiver em contato e tentar se alimentar dela.
Esse cenário gera prejuízos sérios à saúde, além de as empresas que negligenciarem a importância desse tema correrem o risco de perder financiamentos futuros.
Com o objetivo de garantir que as novas gerações de brasileiros não herdem uma água imprópria, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA) e o Conselho Nacional de Recursos Hídricos (CNRH) se uniram para regularizar esse processo.
Falando especificamente do tratamento de águas, a Resolução 357, de 17 de março de 2005, é responsável por estabelecer esses padrões. Não cumprir essas diretrizes pode levar à prisão dos responsáveis por tal ato.
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Existem várias Estações de Tratamento de Efluentes (ETEs) espalhadas pelo Brasil, que são responsáveis por esses processos de limpeza e, por consequência, são elas que encaminham o seu retorno ao meio ambiente.
A maior parte dessas empresas realizam tratamentos biológicos que usam bactérias que consomem os poluentes, ou físico-químicos, que retiram as impurezas oriundas do uso humano, separando o sólido do líquido e tornando água mais limpa.