O uso das vidrarias no ambiente laboratorial, em geral, envolve a medição de líquidos e experimentos. Além das pipetas, podemos citar cubas, buretas, cálices, condensadores, frascos e almofarizes como outros exemplos de vidrarias empregadas em laboratório.
A correta limpeza destes materiais é essencial, de modo a evitar contaminações microbiológicas. Afinal, deixar as pipetas sempre limpas é uma forma de precaver alterações indevidas no estudo, uma vez que as sujidades e contaminações podem interferir nos resultados.
Produtos, soluções e componentes
O primeiro cuidado com a limpeza das vidrarias é saber qual a substância correta para cada instrumento. Com base nisso, você poderá aplicar as técnicas e produtos adequados para cada tipo de solução química, orgânica ou comum.
Para limpar a pipeta de soluções insolúveis, a exemplo de clorofórmio e hexano, a limpeza deve ser realizada com água deionizada. Em seguida, o instrumento deve ser reservado para secar, de forma natural, sem o uso de papéis ou panos.
O procedimento deve ser repetido de 3 a 4 vezes, e também pode ser utilizado para limpar soluções solúveis, como sacarose ou cloreto de sódio.
Nos casos em que a pipeta abrigou fortes ácidos, como na análise de HCI em alta concentração, a limpeza deve ser realizada com água corrente em abundância, debaixo de um exaustor. Este processo deve ser repetido de 3 a 4 vezes, e a pipeta deve ser deixada para secar naturalmente em seguida.
Esse tipo de limpeza também se aplica quando a pipeta foi usada com uma base forte.
Por outro lado, para pipetas que foram utilizadas com ácidos ou bases fracas, basta a limpeza de 3 a 4 vezes, colocando na sequência a vidraria para secar naturalmente.
Quando a pipeta é usada para componentes orgânicos, a recomendação é fazer a lavagem com o solvente adequado, o qual cabe ao fabricante indicar. Para componentes solúveis em água, o ideal é utilizar a água deionizada. Já para solúveis em etanol, recomenda-se o uso do próprio etanol.
A limpeza de certos produtos químicos pode demandar o uso de água e sabão, deixando a pipeta de molho de um dia para o outro. Além disso, recomenda-se o uso de escovas especiais para realizar a limpeza das pipetas.
Secagem
Outro cuidado importante a se ter é, conforme já mencionado mais de uma vez, não utilizar panos, papéis e toalhas na limpeza. Isto porque esses utensílios podem contaminar a vidraria com suas fibras ou impurezas, o que pode afetar futuras medições.
O ideal é deixar a vidraria secar em temperatura ambiente, ou mediante o uso de uma estufa apropriada para a secagem. O uso de papel toalha ou panos deve se limitar às partes externas.
Vidros riscados
Ainda, quanto a vidros riscados, por exemplo com marcas em sua superfície para medidas, é preciso ter em mente que estas marcas são pontos potenciais de quebra da pipeta, ainda mais quando são submetidas a aquecimento.