Para transformar a água comum (água própria para o consumo humano) em reagente (água pura, livre de microrganismo e sais minerais) existem vários processos de purificação.
Cada um deles possui suas vantagens e desvantagens, portanto, é interessante a aplicação de mais de um processo de purificação para alcançar o grau de pureza exigido pelos órgãos reguladores.
Processos de Purificação
- Filtração: utiliza filtros de carvão ativado ou celulose para separar as partículas contaminantes da água.
- Destilação: processo que utiliza a condensação da água para separá-la de suas impurezas.
- Luz Ultra Violeta: a água é exposta a luz ultra violeta que acaba por inativar os microrganismos.
- Deionização: são usadas colunas de resina carregadas eletricamente que permite a troca dos íons pelos compostos inorgânicos presentes na água.
- Ultrafiltração: o tipo de filtro utilizado nesse processo impede que qualquer partícula maior que 0,22 µm fique na água.
Controle da pureza microbiológica da água
A água reagente utilizada em laboratórios deve atender a diversos padrões de qualidade nacional e internacional.
Por isso, suas características devem ser constantemente avaliadas e a quantidade de partículas medidas.
Um dos pontos monitorados é a microbiologia.
A água comum pode formar biofilmes (comunidades de microrganismos) que, como já dissemos, comprometem os resultados dos exames, além de danificar a aparelhagem laboratorial através da biocorrosão.
O biofilme também é responsável pela liberação de endotoxinas e polissacarídeos, partículas contaminantes que interferem na capacidade da água pura manter sua pressão.
Para fazer o monitoramento da pureza microbiológica da água, é realizado a contagem das bactérias heterotróficas.
O acompanhamento da quantidade de microrganismos presentes no sistema deve ser realizado semanalmente, de acordo com os órgãos fiscalizadores.
Métodos de controle da pureza microbiológica da água
Existem três métodos mais utilizados para fazer a contagem das bactérias heterotróficas presentes na água reagente.
- Espalhamento em placa: nessa técnica 0,1 ml de água reagente é espalhada uniformemente por uma placa de Petri. Deve ser utilizado um Swab ou uma Alça de Drigalski para espalhar a amostra.
Depois de 24 horas em local adequado, as comunidades de microrganismos terão se desenvolvido na placa e a contagem poderá ser realizada.
- Membrana Filtrante: é um método mais rápido e preciso de filtração. Nele, uma amostra de 100ml será filtrada no vácuo em uma membrana filtrante com porosidade de 0,45 µm.
Os microrganismos ficarão presos a essa membrana filtrante, que depois será transferida para um meio de cultura.
Em seguida a amostra é incubada em temperatura adequada para o crescimento das bactérias. Posteriormente é feita a sua contagem.
- Microscopia de Epifluorescência: nessa técnica uma determinada quantidade de amostra é coada através de um filtro. Esse filtro é levado até um microscópio epifluorecente.
Os comprimentos de onda das luzes emitidas vão excitar as células da amostra possibilitando sua contagem.
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