Profissionais, em laboratórios do Brasil e do mundo, utilizam água em diversas atividades executadas nessas localidades.
A água é o solvente mais usado nos laboratórios e as preocupações com a qualidade desse líquido nesses ambientes são profundas.
É evidente que as diferentes ações dentro de um laboratório não podem ser realizadas com a água advinda da torneira. As técnicas de pesquisa e a manipulação dentro dos laboratórios são extremamente sensíveis às partículas contaminantes encontradas na água comum.
Por conta disso, a água utilizada na maioria dos trabalhos laboratoriais deve ter um alto padrão de qualidade e limpeza. É necessário utilizar uma água livre de impurezas que podem prejudicar os métodos analíticos dentro de um laboratório de pesquisa.
De acordo com um artigo publicado pelo engenheiro químico Eynard da Meira (que também é membro do Conselho Regional de Química de Minas Gerais), o Comitê Nacional para Padrões de Laboratórios Clínicos (NCCLS) discrimina diferentes tipos de água utilizados na atividade laboratorial.
A Água Tipo I é aquela que tem a qualidade perfeita para as ações dentro do laboratório. Portanto, é o tipo de água mais puro e adequado que se pode alcançar por meio dos métodos de purificação disponíveis atualmente no mercado.
Essa água é recomendada para análises e pesquisas que exigem o menor grau de interferência pois devem ser extremamente precisas. A Água Tipo I não pode ser armazenada, ou seja, precisa ser utilizada logo após a sua confecção.
A Água Tipo II deve ser utilizada em trabalhos laboratoriais que possuem uma tolerância à presença de determinados microrganismos e impurezas. Portanto, diferentemente da Água Tipo I, jamais deve ser utilizada nos processos que necessitam de um alto grau de precisão.
A utilização da Água Tipo III é bastante diferente das anteriores. Essa água é usada principalmente para a higienização dos materiais de laboratório, em especial os equipamentos de vidro. Ela apresenta um grau de impureza muito superior.
O CAP, a NCCLS, e a ASTM (três grandes entidades norte-americanas) adotam certos padrões no que se refere aos diferentes tipos de água.
De acordo com a NCCLS, por exemplo, a Água Tipo I deve ter uma concentração de bactérias inferior a 10 (UFC/ml), e a da Água Tipo II precisa ser menor que 1.000 (UFC/ml). Já a concentração de sólidos na Água Tipo I tem que ser inferior ou igual a 0,1 (mg/l), na Água Tipo II, menor ou igual a 1 (mg/l), e na Água Tipo III, 5 (mg/l) ou menos.
Na Água Tipo I, o carbono oxidável total deve ser menor ou igual a 0,05 na Água Tipo II não pode ultrapassar 0,2 e na Água Tipo III, 1.
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