A água pura é aquela que recebeu tratamento para que não existam:
- Íons inorgânicos;
- Impurezas físicas ou partículas;
- Compostos orgânicos ou microrganismos;
- Patógenos;
- Endotoxinas.
Por não ter nenhum elemento que prejudica a sua qualidade, é bastante utilizada em laboratórios, indústrias e centros de hemodiálise.
Você já ouviu falar em pureza iônica da água? Continue lendo este post.
A pureza iônica da água é atingida quando os ânions e cátions presentes na água são removidos, permanecendo apenas as moléculas de água. Ela é também conhecida como água ultrapura.
É considerada água de altíssima qualidade e tem o seu uso principalmente como em laboratórios, onde é necessário que não haja qualquer contaminação química, ou na indústria farmacêutica.
O método mais simples para verificar se a água é pura é fazer uma medição direta de condutividade elétrica ou resistividade. Já que os produtos químicos inorgânicos apresentam cargas negativas, ou seja, ânions, ou positivas, os cátions.
Assim, ao realizar o teste, quanto maior a condutividade mais íons estão presentes na amostra de água. O valor será expresso em uS/cm (microsiemens/cm).
Para que se atinja a pureza iônica da água, é fundamental que a água passe por dois processos:
Primeiro, devem ser realizados processos físicos de filtragem e os processos convencionais de tratamento de água, como a osmose reversa ou destilação, para que sejam retirados as impurezas físicas, compostos orgânicos etc.
Posteriormente, entra a segunda fase que é a deionização, que pode ser feita através de elementos químicos ou através da eletrodeionização. Nesta segunda etapa, é que são retirados os ânions e cátions presentes na água, e assim consegue-se a água ultrapura.
Neste processo, é adicionada à água uma mistura de resinas de troca aniônica (OH-) e catiônica (H+). Ao ser adicionado na amostra, são liberados íons H+ e OH- que irão interagir com o Cálcio (CA2+) e Magnésio (Mg2+) presentes na resina de forma estável.
Assim, há a remoção destes cátions e ânions presentes na amostra.
Neste processo, utiliza-se um equipamento específico que produz corrente elétrica contínua.
Esta corrente contínua força que os íons migrem para as membranas (aniônica e catiônica) localizadas nas resinas.
Dessa forma, os íons irão atravessar as membranas da sua mesma carga e, depois, serão repelidas pela membrana da carga contrária, gerando dois fluxos de água.
Um deles de água ultrapurificada e outra onde estarão concentrados os sais, não havendo mistura entre eles, em virtude das membranas e da sua própria composição.
A vantagem deste processo é que não é necessário nenhum produto químico para realizá-lo, o que evita os riscos de contaminação e a taxa de desperdício é mínima (10:1- para cada 10 litros de água ultrapurificada há o descarte de 1 litro de água concentrada).
Ressalta-se que tanto o método de deionização como o de eletrodeionização sozinhos não conseguem purificar a água por completo, pois não conseguem remover as impurezas físicas, materiais orgânicos e bactérias e vírus.
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